12 de julho de 2011

Projeto Raça

Olá pessoal,

Repasso aqui uma reportagem muito interessante do blog de estudantes de Jornalismo "A Plataforma" sobre o Projeto Raça onde o Professor Anderson Abel Conceição tira crianças da rua com o Taekwondo. Confiram:

Uma casa simples no bairro Vila Olímpia, em Campinas, interior de São Paulo, com uma sala repleta de troféus e medalhas, espalhados por todos os lados, em cima da mesa e em prateleiras e fixadas nas paredes ainda sem reboco. As fotos também ajudam a cobrir a parede. Nos fundos da residência está o motivo para tantos prêmios, onde está instalada a academia do Projeto Raça, um projeto social criado pelo professor Anderson da Conceição que ensina taekwondo para crianças carentes.

A academia é coberta com telhas de chapa de alumínio, que ajudam a dividir o espaço com o quintal do vizinho. No chão de terra, está um tapete de borracha verde que faz a vez do tatame para que os pequenos campeões possam treinar três vezes por semana.
 
Para o professor, os treinos não servem apenas para tirar esses meninos da rua e formarcampeões em artes marciais. A verdadeira intenção, conta, é formar os cidadãos do futuro. “O meu sonho é vê-los daqui 20 anos como pessoas dignas, corretas. Não importa se forem pedreiros ou faxineiros, o que me importa é que ele sejam dignos”. Uma de suas alunas é Paloma Loreno, de seis anos, que se dedica aos treinos e sonha em ser dentista.

O Projeto Raça é desenvolvido em Paulínia, Sumaré e Hortolândia. Em Paulínia, algumas das crianças vivem no acampamento Batista, onde as ruas não têm asfalto, nem esgoto e toda a água é levada até ás casas de tábuas por caminhões pipas da prefeitura, armazenada em caixas d’água, barris e baldes. Luzia da Cunha é moradora do acampamento e tem dois filhos que participam das aulas de taekwondo.Um deles, Samuel da Silva, já esteve em várias competições e leva a sério os treinos. “Eu gosto de treinar, é emocionante. Eu quero ser lutador profissional”.

As aulas são ministradas por Anderson em uma área improvisadas entre os barracos, sobre a sombra de um pé de manga. Os exercícios são praticados no chão duro, na terra vermelha e com a poeira se espalhando por todos os lugares ao acompanhar o giro dos pés descalços.
 
A dona de casa Isabel da Silva tem três filhos que participam do projeto e a ajuda do professor beneficiou seu filho Geilson da Silva de 14 anos. “Ele estava muito desobediente, não queria ir à igreja, repetiu a sexta série três vezes. Agora ele está mais dedicado na escola, nos treinos, vai á igreja e o professor já falou que ele tem chance de passar de ano”, conta feliz com as mudanças ocasionadas no comportamento do menino.

Para freqüentar as aulas de taekwondo, Anderson exige que as crianças estejam na escola. “Os alunos têm que ir na escola, tirar notas boas para continuar competindo. Se ele só tirar notas baixas, deixa de acompanhar a equipe nos campeonatos”.

A retribuição desse trabalho está nas medalhas que os alunos de Anderson conquistaram. Nos últimos três campeonatos realizados em agosto, o Projeto Raça esteve entre os primeiros colocados. Ganhou o título de campeão por equipes no Troféu Brasil Open que teve mais de 1.600 atletas e foi campeão nas categorias mirim, juvenil e adulto na 1º Copa Rio Preto Open de Taekwondo e em ficou em segundo lugar na classificação geral da 16º Copa Ipiranga de Taekwondo. O detalhe é que em todas as competições a menor equipe concorrente sempre foi a do Projeto Raça, com até 45 atletas na disputa pelos títulos.
 
Crianças treinam à sombra de uma mangueira
 Esperam que tenham gostado!

Até a próxima!
 
 

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